Conheça a saborosa história do chocolate
Você sabe quanta história, conhecimento e, até mesmo, devoção carrega uma única semente de cacau?
Para chegar até as delícias que conhecemos hoje, muitos povos, processos e sabores estiveram envolvidos na história do chocolate. Mas uma coisa podemos afirmar: da bebida fermentada às barras, o chocolate sempre mexeu com as emoções.
No artigo de hoje você vai conhecer um pouco mais sobre a saborosa história do chocolate.
Que tal se deliciar com um chocolate da CAU enquanto viaja com a gente?
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1. A Medicina do Cacau Sagrado: A tradição do chocolate nos povos originários da América
2. A transformação da bebida do Cacau para a barra de chocolate
3. O respeito do sagrado na CAU Chocolates
1. A Medicina do Cacau Sagrado: A tradição do chocolate nos povos originários da América
A história do chocolate não começa muito longe do Brasil. Povos como Olmecas, Maias e Astecas, que habitavam as regiões entre o norte da floresta amazônica até o sul do México, cultivavam e consumiam o cacau geração após geração há mais de 3 mil anos!
De lá para cá, o chocolate viajou o Atlântico, foi reconhecido como o doce das rainhas, ganhou o mundo todo e na atualidade revive um momento de ligação com a produção artesanal com povos originários.
1.1. O sagrado
Se você pensa “que chocolate divino” quando sente a explosão de sabores à primeira mordida, está mais certo do que poderia imaginar.
O nome científico do cacau, Theobroma cacao (“alimento dos deuses”), faz referência aos rituais dedicados ao fruto colhido abaixo das copas das imensas árvores de florestas quentes e úmidas.
Entre o cultivo e o consumo, todo o envolvimento dos povos originários com o cacau era baseado na dedicação e cuidado. Celebrações religiosas à divindade Quetzalcóatl eram acompanhadas do xocoalt (água amarga), como os Astecas chamavam. De tão importante, até o sistema monetário da época adotou as sementes torradas de cacau como moeda.
Do xocoalt ao chocolate, muita coisa mudou: a começar por sua forma de consumo.
1.2. Chocolate para beber
Quando os espanhóis tiveram o primeiro contato com o chocolate, conheceram o preparado como uma bebida fermentada, semelhante a uma cerveja. Assim como um vinho, o cacau era cultivado e colhido, seguindo um ritual de preparação, para a festa de Quetzalcóatl, o Deus da Vegetação.
Após a fermentar, torrar e moer a semente, era obtida uma massa pastosa, misturada com
água, pimenta e farinha de milho. Estava servida uma bebida que dava energia e alegria aos nobres, religiosos e defensores do reino.
Essa bebida era consumida nos rituais, antes de batalhas e também pelas famílias mais ricas. O xocoalt era tão importante que era servido em copos e talheres de ouro ou prata.
Outros preparos também envolviam a mistura da massa de cacau com mel e especiarias, quando o xocoalt era consumido em cerimônias oficiais. Foi assim que Hernando Cortez, um navegante espanhol, experimentou pela primeira vez a bebida sagrada dos Astecas. O encanto foi imediato.
Em seu retorno à Europa, Hernando levou a bebida e as sementes para o rei espanhol, que ordenou a busca por mais bebida, além de promover o plantio de cacau nas áreas dominadas pela Espanha. Este foi o primeiro passo para o chocolate ganhar o mundo.
1.3. Chocolate que cura
Ainda na Espanha, o chocolate continuou sendo consumido em sua forma líquida. Caiu no gosto dos monges e freiras que utilizavam o preparado no tratamento de pessoas que apresentavam fraqueza e indisposição.
Foi nos mosteiros que novas experimentações foram realizadas, adicionando açúcar e especiarias trazidas da Índia, como a canela, baunilha e urucum.
A essa altura o xocoalt deixou de ser uma bebida amarga e caiu de vez no gosto das classes superiores. A nobreza da época consumia o chocolate quente diariamente em seus cafés da manhã, servidos em porcelanas chinesas. Países aliados ao reino espanhol passaram a ter contato com a bebida e então o chocolate virou sinônimo de bebida das rainhas.
2. A transformação da bebida do Cacau para a barra de chocolate
Até o chocolate chegar na forma sólida que conhecemos hoje foram quase 200 anos, até que as máquinas desenvolvidas pela Revolução Industrial permitissem o processo de separação entre a manteiga e o pó do cacau.
Conrad Van Houten é o responsável, em 1828, pela invenção que extraia os elementos do cacau e, em seguida, combinava quantidades de manteigas de cacau e o cacau em pó em fogo baixo. Assim, foi criado o primeiro processo para tornar o cacau sólido, facilitando seu transporte e aplicação em receitas.
Porém, ainda não era possível consumi-lo diretamente, uma vez que se tratava apenas da matéria-prima. A partir de então, vários chefs promoveram experimentações, adicionando açúcar, leite e creme de leite à barra de chocolate derretida.
A criatividade rendeu deliciosas experiências, que combinavam ainda frutas, confeitos, especiarias e novos formatos aos chocolates. Assim, o chocolate moderno ganhava vida.
2.1. O doce chocolate dos nossos dias
Hoje quando você dá uma rápida mordida em uma barra de chocolate, não deve imaginar quanto conhecimento foi necessário para chegar até ela.
O chocolate como conhecemos na atualidade é fruto da dedicação de chefs que criaram bombons, chocolates recheados e “doces de mão” após muitas tentativas.
A Joseph Fry & Son é reconhecida por muitos historiadores como a primeira fábrica e loja de chocolates, lançado em 1847 a primeira barra de chocolate para consumo individual. Apenas em 1875, quase 30 anos depois, o suíço Daniel Peter de Vevey conseguiu chegar a uma receita de chocolate ao leite!
Estas combinações permitiram a popularização do chocolate para as demais classes sociais e ganhando o status de presente. Países como Suíça, França e Inglaterra se destacaram com a criação de caixas de chocolate para presentear com sabores, embalagens e arranjos especiais.
3. O respeito do sagrado na CAU Chocolates
Cada pedacinho da história do chocolate revela uma dedicação de todos os povos que entraram em contato com o cacau. Para nós é uma alegria fazer parte desta história.
Na CAU honramos o chocolate trabalhando com matérias-primas selecionadas e nos dedicando a criação de chocolates artesanais em São Paulo feitos um a um!
Convidamos você a visitar nosso templo de dedicação ao cacau na Rua Peixoto Gomide, 1740 - Jardim América, em São Paulo.